O cristão (discípulo de Jesus) já desfruta da paz e da comunhão com o Senhor, embora enfrente provações. Mas a plenitude dessa comunhão somente se dará no último dia, na volta gloriosa de Cristo (I Pe 1.5). As provações servem justamente para o aperfeiçoamento da fé (v. 6/7), enquanto aguardamos a volta de Cristo e a manifestação final de seu poder e glória. Como filhos de Deus através do novo nascimento (= conversão), os cristão são herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Rm 8.16/17). Sua herança é chamada “salvação” (v. 5, Hb 1.14). A fé é dom de Deus, mas os crentes são responsáveis pelo exercício dessa fé, ou firme confiança, na batalha espiritual (I Pe 5.8/9; Ef. 6.16, Fp 2.12/13). A força da proteção do Senhor (I Pe 1.5) é expressa através de um termo militar, traduzido por “guardados”, com o significado de defesa vigilante de uma fortaleza. É exatamente assim como Deus nos protege do inimigo. Mas é preciso que estejamos em perfeita comunhão com Ele para que essa proteção seja perene. Esse é o sentido das cartas do apóstolo Pedro. Não é por outro motivo que os estudiosos o denominam “o apóstolo da esperança” (cf. I Pe 1.3, 13.21; 3.13). O apóstolo Pedro discorre sobre obediência, santidade e perseverança. O Deus de toda a graça nos concede ajuda e força suficiente para toda ocasião e necessidade (I Pe 5.10). Para tanto é necessário estarmos vigilantes a força destrutiva do inimigo (Sl 7.2; 10.9/10; I Tes 5.1/11; II Tes 3.3) e confirmar a nossa vocação e eleição, a fim de que não tropecemos em tempo algum (II Pe 1.10). O mundo em que vivemos é repleto de armadilhas que visam enfraquecer a nossa fé e grande é a apostasia (II Tim. 4.3/4). O comportamento imoral daqueles que se dizem cristãos dá ao cristianismo má fama entre os descrentes (I Pe 4.3; II Pe 2.2). Por isso é imperioso acautelar-nos, a fim de que a causa do evangelho não seja prejudicada (I Tm 6.1; Tt 2.5, 9/10) e para que não sejamos arrastados pelo erro daqueles que ignoram todas as restrições éticas e morais (II Pe 3.17). Antes, devemos estar fortalecidos no Senhor e na força de seu poder. O apóstolo Paulo nos exorta que devemos nos revestir de toda a armadura de Deus, para podermos ficar firmes contra as ciladas do diabo (Ef. 6.10/18).
Para refletir e praticar:
1. Como está a sua comunhão com o Senhor?
2. Você tem se desviado das ciladas do diabo?
3. Você tem estado vigilante para não tropeçar?
4. Você tem empunhado a “espada do espírito” (que é a Palavra de Deus)?
( Presbítero João Eduardo Soave )
Igreja Presbiteriana de Sorocaba