domingo, 13 de novembro de 2011

Aprendendo a resolver conflitos

         É perfeitamente normal que ocorram conflitos de relacionamento entre as pessoas, porque somos diferentes uns os outros; temos maneiras diversas de pensar e agir. Dependendo da extensão desses atritos, precisaremos adotar habilidades especiais, para que a situação possa ser contornada e resolvida. Na história bíblica temos o conflito sério ocorrido entre o apóstolo Paulo Barnabé, descrito em Atos 15.39/40. Na 1ª Carta aos Coríntios, 11.8, o apóstolo Paulo diz: “Porque, antes de tudo, estou informado haver divisões entre vós, quando vos reunis na igreja; e eu, em parte, o creio”. Da mesma forma, escrevendo aos Gálatas 5.15, o apóstolo Paulo diz: “Se vós, porém, vos mordeis e vos devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos”. Se assim era no passado, nos ias de hoje certamente não é diferente.
O diabo é o maior semeador de conflitos; precisamos ficar atentos para que “pequenas” fagulhas não se tornem incêndios devastadores. Orar e vigiar são atitudes que não põem estar ausentes daqueles que se intitulam discípulos de Jesus. A Palavra de Deus diz, em 2ª Timóteo 2.24/25, o seguinte: “Ora, é necessário que o servo o Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem...” E quando a discórdia surgir é preciso liberar o perdão. O perdão, portanto, é o único remédio para restaurar relacionamentos estremecidos. Devemos perdoar ainda que os erros sejam repetitivos (MT. 18. 19/21) e de forma imediata (Ef 4.26/27).
Quem adia o perdão permite que o desejo de perdoar acabe, permite que o coração endureça e permaneça fechado, permite que os afazeres diários impeçam a reconciliação (em caso de conflito conjugal, ou com os filhos) e, por derradeiro, permite a ação do diabo.
Portanto, a única forma de resolver conflitos é colocar-se como servo do Senhor, com brandura e mansidão, liberando perdão, se caso for, disciplinando em amor, porque somos todos imperfeitos. Só assim estaremos em perfeito crescimento na fé, fazendo a perfeita vontade do Senhor, para que vivamos em perfeita união. Aliás, foi exatamente esse sentimento experimentado pelo salmista (Sl. 133)
Para refletir e praticar: 1. Como tem sido os seus relacionamentos: infantis ou maduros? 2. Você tem semeado o entendimento e a pacificação para restaurar relacionamentos estremecidos?

  (Presbítero. João Eduardo Soave)
Igreja Presbiteriana de Sorocaba

 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

domingo, 6 de novembro de 2011

Conserva o que tens

A frase acima foi extraída do capítulo 3º, do versículo 11 do livro do Apocalipse. São palavras de Deus dirigidas ao anjo da igreja que está em Filadélfia. As primeiras palavras do texto são "eis que venho sem demora..." e em seguida a advertência, "guarda o que tens..."  Devemos refletir sobre esse assunto e extrair ele lições. Ao refletir nessa frase, duas indagações vêm a nossa mente: 1ª. Guardar o que?  2ª. O que é que eu tenho? Cabe aqui um questionamento que cada um de nós deve fazer. Por isso, indaga-se, o que é que você tem? Há uma palavra que, acredito, pode trazer luz sobre essa questão: a palavra? Dádiva. Quando tivemos um encontro com Jesus, um verdadeiro milagre aconteceu. A cruz foi nosso ponto de encontro com Cristo onde recebemos a boa, abundante e completa dádiva divina. Não é por outra razão que Tiago assim exorta: “Toda boa dádiva e todo o dom perfeito procede lá do alto, descendo o Pai das luzes...” (1.17). A lista é extensa; porém, podemos destacar alguns elementos que representam essas dádivas: salvação, Espírito Santo, Palavra de Deus, Amor, Fé, Esperança, dons, ministérios. Toda pessoa realmente convertida, se torna um depositário essas dádivas divinas, as quais fazem dela, alguém mais que vencedor! O apóstolo Pedro ensina: “Visto como, pelo seu divino poder nos eu tudo o que diz respeito à vida e piedade... pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina...” (|| PE 1.3/4). Veja o que o texto diz: Ele nos deu TUDO! Ao estabelecer a nova aliança, o Senhor prometeu dar um novo coração, tirar o coração de pêra e colocar um coração de carne, por em nós o seu Espírito, seus estatutos e juízos e fazer-nos andar neles. (Ezequiel 36.26/27).
A nova vida me Cristo proporciona todos esses benefícios, porém, infelizmente se apregoa um evangelho tão distante dessas verdades, capaz de “produzir” um “cristão” que mal sabe o que tem... Se esse “cristão” mal sabe o que tem, o que ele vai guardar? Vivendo num mundo cujo sistema tenta sufocar as riquezas divinas depositadas em nós, devemos lançar mão das armas da nossa milícia que são poderosas em Deus para destruição de fortalezas (|| Cor 10.4). Mas quais são essas armas? Poderíamos assim sintetizá-las: a fortaleza no Senhor e na força e seu poder (Ef. 6.10); orar em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito (Ef.6.18); combater o bom combate, acabar a carreira e guardar a fé (|| Tm 4.7). Concluindo, gostaria de encorajar você a não aceitar nenhum tipo de imposição do mundo, e recomendar as palavras de Paulo dirigidas a Timóteo. “E tu, ó Timóteo, guarda o que te foi confiado...” (|| Tm 1.14). Hoje relembramos o sacrifício vicário de Cristo, através da Santa Ceia, Ela nos une a pessoa de Cristo. Ela representa uma rica oportunidade para que cada um de nós possa repensar se estamos fortes no Senhor, se oramos com oração e súplica no Senhor e se estamos combatendo o bom combate, para que ninguém retire de nós aquilo que foi dado pelo Senhor. Pense nisso!

(Presbítero. João Eduardo Soave)
Igreja Presbiteriana de Sorocaba

domingo, 30 de outubro de 2011

Prepare-se para o grande encontro

A parábola das dez virgens nos remete aos dias atuais e nos induz a uma séria reflexão. Diz o texto sagrado que: “… o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo. Cinco dentre elas eram néscias, e cinco prudentes. As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo; no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas. E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram. Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro! Então, se levantaram todas aquelas virgens e preparam as suas lâmpadas. E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando. Mas as prudentes responderam: Não, para que não falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o. E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou a porta. Mais tarde, chegaram às virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt. 25.1/13).   Jesus compara o evento da sua segunda vinda a uma alegre procissão de casamento, exemplificando a necessidade do preparo para a sua volta, em ambos os eventos os não preparados não podem entrar. À luz do texto citado podemos fazer algumas comparações. A quem se comparam as virgens? São comparadas com os cristãos de hoje (alguns prudentes, outros negligentes). A quem se compara o noivo? O noivo é Cristo que vem buscar os seus eleitos, que devem estar preparados. O que é o azeite? O azeite é a reserva do discípulo de Jesus, assim como as virgens precisavam de azeite além das lâmpadas acesas, o cristão precisa ter algo a mais. Deve estar preparado, através do agir do Espírito Santo. Então, podemos extrair as seguintes lições: em primeiro lugar, todos nós teremos um encontro com Cristo, onde nossas ações serão sopesadas (II Cor. 5.10); em segundo lugar, não devemos ficar de braços cruzados esperando esse glorioso dia, mas deveremos estar preparados, solidificados na fé e buscando constante aperfeiçoamento interior, orando a todo instante (II Cor. 11.2/3). Em terceiro lugar, é preciso se conscientizar que a volta de Jesus será repentina e talvez não tenhamos tempo para consertar os nossos erros (Ap. 16.15). Portanto, busque estar em dia com Cristo, não se apartando de seus ensinamentos. Não adie decisões que devem ser tomadas hoje!
Conclusão: Você pode começar a definir hoje a forma com que se dará esse grande encontro: se haverá júbilo ou pranto. Qual será o seu galardão? Você entrará pela porta com Cristo ou ficará de fora? Não deixe para depois, pense nisso enquanto é tempo, pense nisso agora!

(Presbítero. João Eduardo Soave)
Igreja Presbiteriana de Sorocaba

domingo, 23 de outubro de 2011

Quem poderá viver na presença de Deus?

O salmista faz a seguinte indagação: “Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? (entenda-se eternidade). Quem há de morar no teu santo monte? A resposta vem em seguida: “O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade, o que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho” (15.1/3). Analisando a sua vida, você já se perguntou se terá condições de habitar na presença do Senhor?  Integridade é um vocábulo de origem latino, e assim como palavra taw-meem, usada no texto original, tem um sentido de inteireza, de completude. O dicionário diz que integridade é o estado ou característica daquilo que está inteiro, que não sofreu qualquer diminuição. Warren Wiersbe, no livro “A Crise de Integridade” afirma que a integridade é para o caráter de uma pessoa o mesmo que a saúde é para o seu corpo.  No contexto em que estamos estudando, viver com integridade é viver segundo os preceitos emanados do Senhor. É não se deixar contaminar com as coisas que o mundo oferece. É ser transparente e honesto com os outros, consigo mesmo e, sobretudo com Deus. A integridade alegra o coração de Deus. É andar na luz (I João 1.7). Vidas íntegras devem fazer parte da natureza daqueles que foram alcançados pela Palavra de Deus.  Praticar a justiça, segundo a definição de um famoso jurisconsulto romano, é “dar a cada um aquilo que é seu”; é não tomar aquilo que não lhe pertence. Falar a verdade é não se entregar a mentira. Quem ama o próximo não o difama não lhe faz mal algum. Quando mentimos, o Senhor está longe de nós (I João 1.10). Se dissermos que temos comunhão com Deus e andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade (I João 1.6). O apóstolo Paulo apela para o exemplo da integridade de Deus: Deus é integro, diz ele, vocês também precisam ser. Não há honestidade ou integridade em quem afirma estar em comunhão com o Senhor, mas na verdade anda em trevas, ou em quem prega e ensina algo que não pratica, ou naquele que finge fazer algo que não está fazendo ou mesmo em quem simula reações e atitudes por que imagina que isso lhe fará mais aceitável diante de Deus e das pessoas. Há um texto em que Jesus fala dessa integridade: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.19/21).
Jamais se esqueça que a fidelidade é uma marca distintiva do discípulo de Jesus. Num mundo regido pela ética flácida e situacional, somos chamados a viver com integridade inegociável, como luzeiros do mundo, andando de forma justa, sensata e piedosa
Agora que você já deve ter lido o texto, certamente estará em condições de responder àquela indagação: “Analisando a sua vida, você já se perguntou se terá condições de habitar na presença do Senhor”?
Pense nisso hoje, pense nisso agora!

(Presbítero. João Eduardo Soave)
Igreja Presbiteriana de Sorocaba