O salmista faz a seguinte indagação: “Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? (entenda-se eternidade). Quem há de morar no teu santo monte? A resposta vem em seguida: “O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade, o que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho” (15.1/3). Analisando a sua vida, você já se perguntou se terá condições de habitar na presença do Senhor? Integridade é um vocábulo de origem latino, e assim como palavra taw-meem, usada no texto original, tem um sentido de inteireza, de completude. O dicionário diz que integridade é o estado ou característica daquilo que está inteiro, que não sofreu qualquer diminuição. Warren Wiersbe, no livro “A Crise de Integridade” afirma que a integridade é para o caráter de uma pessoa o mesmo que a saúde é para o seu corpo. No contexto em que estamos estudando, viver com integridade é viver segundo os preceitos emanados do Senhor. É não se deixar contaminar com as coisas que o mundo oferece. É ser transparente e honesto com os outros, consigo mesmo e, sobretudo com Deus. A integridade alegra o coração de Deus. É andar na luz (I João 1.7). Vidas íntegras devem fazer parte da natureza daqueles que foram alcançados pela Palavra de Deus. Praticar a justiça, segundo a definição de um famoso jurisconsulto romano, é “dar a cada um aquilo que é seu”; é não tomar aquilo que não lhe pertence. Falar a verdade é não se entregar a mentira. Quem ama o próximo não o difama não lhe faz mal algum. Quando mentimos, o Senhor está longe de nós (I João 1.10). Se dissermos que temos comunhão com Deus e andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade (I João 1.6). O apóstolo Paulo apela para o exemplo da integridade de Deus: Deus é integro, diz ele, vocês também precisam ser. Não há honestidade ou integridade em quem afirma estar em comunhão com o Senhor, mas na verdade anda em trevas, ou em quem prega e ensina algo que não pratica, ou naquele que finge fazer algo que não está fazendo ou mesmo em quem simula reações e atitudes por que imagina que isso lhe fará mais aceitável diante de Deus e das pessoas. Há um texto em que Jesus fala dessa integridade: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.19/21).
Jamais se esqueça que a fidelidade é uma marca distintiva do discípulo de Jesus. Num mundo regido pela ética flácida e situacional, somos chamados a viver com integridade inegociável, como luzeiros do mundo, andando de forma justa, sensata e piedosa
Agora que você já deve ter lido o texto, certamente estará em condições de responder àquela indagação: “Analisando a sua vida, você já se perguntou se terá condições de habitar na presença do Senhor”?
Pense nisso hoje, pense nisso agora!
(Presbítero. João Eduardo Soave)
Igreja Presbiteriana de Sorocaba