domingo, 23 de outubro de 2011

Quem poderá viver na presença de Deus?

O salmista faz a seguinte indagação: “Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? (entenda-se eternidade). Quem há de morar no teu santo monte? A resposta vem em seguida: “O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade, o que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho” (15.1/3). Analisando a sua vida, você já se perguntou se terá condições de habitar na presença do Senhor?  Integridade é um vocábulo de origem latino, e assim como palavra taw-meem, usada no texto original, tem um sentido de inteireza, de completude. O dicionário diz que integridade é o estado ou característica daquilo que está inteiro, que não sofreu qualquer diminuição. Warren Wiersbe, no livro “A Crise de Integridade” afirma que a integridade é para o caráter de uma pessoa o mesmo que a saúde é para o seu corpo.  No contexto em que estamos estudando, viver com integridade é viver segundo os preceitos emanados do Senhor. É não se deixar contaminar com as coisas que o mundo oferece. É ser transparente e honesto com os outros, consigo mesmo e, sobretudo com Deus. A integridade alegra o coração de Deus. É andar na luz (I João 1.7). Vidas íntegras devem fazer parte da natureza daqueles que foram alcançados pela Palavra de Deus.  Praticar a justiça, segundo a definição de um famoso jurisconsulto romano, é “dar a cada um aquilo que é seu”; é não tomar aquilo que não lhe pertence. Falar a verdade é não se entregar a mentira. Quem ama o próximo não o difama não lhe faz mal algum. Quando mentimos, o Senhor está longe de nós (I João 1.10). Se dissermos que temos comunhão com Deus e andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade (I João 1.6). O apóstolo Paulo apela para o exemplo da integridade de Deus: Deus é integro, diz ele, vocês também precisam ser. Não há honestidade ou integridade em quem afirma estar em comunhão com o Senhor, mas na verdade anda em trevas, ou em quem prega e ensina algo que não pratica, ou naquele que finge fazer algo que não está fazendo ou mesmo em quem simula reações e atitudes por que imagina que isso lhe fará mais aceitável diante de Deus e das pessoas. Há um texto em que Jesus fala dessa integridade: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.19/21).
Jamais se esqueça que a fidelidade é uma marca distintiva do discípulo de Jesus. Num mundo regido pela ética flácida e situacional, somos chamados a viver com integridade inegociável, como luzeiros do mundo, andando de forma justa, sensata e piedosa
Agora que você já deve ter lido o texto, certamente estará em condições de responder àquela indagação: “Analisando a sua vida, você já se perguntou se terá condições de habitar na presença do Senhor”?
Pense nisso hoje, pense nisso agora!

(Presbítero. João Eduardo Soave)
Igreja Presbiteriana de Sorocaba

Nenhum comentário:

Postar um comentário